Assassin's Creed: Director's Cut, enfim para os PCs!
A tendência de adaptar para os PCs jogos que fizeram um grande sucesso nos consoles de última geração continua rendendo bons frutos. Lançado em novembro do ano passado para o Xbox 360 e o Playstation 3, o aguardado Assassin’s Creed: Director’s Cut é a mais recente aposta da Ubisoft para a plataforma, trazendo junto com o pacote algumas surpresas e oportunas novidades que certamente agradarão até quem já conhece a edição original.
Desenvolvido pela mesma equipe responsável por títulos de peso como Prince of Persia e Tom Clancy’s Splinter Cell, e misturando ação furtiva, emboscadas espetaculares e táticas avançadas de espionagem, o título tem como maior qualidade a trama envolvente e nada convencional que compreende desde intricadas conspirações até importantes eventos históricos.
Tudo começa ao assumir o papel de Desmond Miles, um bartender aparentemente comum de 25 anos que, ao ser levado à força por uma misteriosa organização, precisa se submeter a um teste com um aparelho experimental conhecido como Animus. Capaz de extrair a memória genética do seu personagem, revelando como foi a vida dos seus antepassados, os investigadores descobrem que Desmond é um descendente de Altair, membro da antiga Ordem dos Assassinos que caiu em desgraça durante o período marcado pela Cruzada dos Reis.
Motivados a descobrir e documentar os métodos aplicados pelos membros da Ordem, os investigadores passam a usá-lo para reviver em detalhes a memória de Altair. É a partir desse momento que a trama fica densa e instigante. Ao invés de apenas assistir ao desenrolar dos eventos, o jogador assumirá ativamente o controle das ações, tentando neutralizar o hostilidade que se instaurou na Terra Santa em meados de 1191 e conseguir recuperar o prestígio que Altair tinha na Ordem. O que não será nada fácil devido à magnitude das missões.
Concentrando-se basicamente na eliminação de nove proeminentes personagens, caberá ao jogador encontrar meios eficazes para obter informações sobre o paradeiro do próximo alvo e ter discernimento para definir as ações que devem ser tomadas para concluir com êxito as missões. Para isso, será preciso empregar técnicas de exploração e espionagem, desenvolvendo habilidades especiais como interrogar pessoas ligadas ao alvo, conquistar a confiança de informantes, ouvir conversas alheias e até furtar documentos ou esboços de mapas sem chamar a atenção.
Tarefas paralelas, envolvendo afazeres menos exigentes como capturar bandeiras ou encontrar e eliminar uma determinada quantidade de templários, ajudam a aumentar ainda mais os métodos de atuação e treinar o jogador para missões mais exigentes. Na edição para os PCs, quatro novas divertidas e rigorosas missões foram incluídas. São elas: eliminar uma determinada quantidade de arqueiros sem ser visto e mantendo-se dentro dos limites de uma área demarcada; destruir as barracas dos mercadores que têm ligações com os personagens-alvo; entrar em contato com um certo número de informantes nos telhados das construções sem esgotar o limite de tempo; e escoltar um parceiro da Ordem sem que nenhum dos dois sejam capturados.
A liberdade concebida ao jogador para encontrar rotas alternativas para superar as dificuldades é outro elemento que se destaca. Exigindo um bom conhecimento das imediações das cidades para encontrar pontos de fuga, analisar minuciosamente os cenários se torna uma tarefa bastante recompensadora devido aos seus gráficos estonteantes. Com várias áreas para explorar, e belos efeitos visuais de tirar o fôlego, raramente o jogador ficará entediado.
Mas não é só isso. Demonstrando todo o poder do mecanismo empregado pelo jogo, que permite um elevado grau de interatividade com os cenários e de seus personagens, as missões secundárias mais interessantes são as que envolvem resgatar ou proteger os habitantes das cidades. Refletindo na reação popular de forma implacável, ajudar personagens comprando briga com os guardas resultará no auxílio de monges quando for preciso escapar pela multidão.
Livrar as mulheres de alguma ameaça fará com que o jogador seja socorrido por brutamontes durante algumas das perseguições, obstruindo a passagem para dar uma boa margem para escapar. Toda essa exuberância e interatividade, por outro lado, tem um doloroso custo: eles elevam consideravelmente os requisitos mínimos para rodar o título satisfatoriamente. Mas quem tiver um equipamento devidamente atualizado para suportar os jogos dessa e da próxima geração, sem dúvida alguma não irá se arrepender.
O esforço em trazer para os PCs games que fizeram um enorme sucesso em outras plataformas é sempre apreciado, principalmente quando aborda uma trama empolgante que competentemente mistura fatos históricos com boas doses de ficção. Se incorporar novas tarefas ou missões, maximizando ainda mais a experiência do jogador quando comparado com a edição que originou o título, melhor ainda. Em ambos os aspectos, Assassin’s Creed: Director’s Cut supera todas as espectativas.
Com lançamento marcado para o próximo dia 8, mais detalhes sobre o título podem ser obtidos nesse endereço.
Requisitos
Cenários detalhados e efeitos visuais requintados recriam as imediações da Terra Santa no período medieval de forma exemplar. Em contrapartida, para usufruir disso em sua plenitude, será preciso ter, no mínimo, um processador de núcleo duplo de 2.2Ghz, 1GB de memória RAM, placa de vídeo recente equipada com 256MB e que suporte o Shader Model 3.0, e 10GB de espaço livre no HD. Para quem não possui um Xbox 360 ou um PS3, é um investimento considerável. Mas vale a pena.