Coaster Rider: Resolvendo quebra-cabeças usando Montanhas-Russas
Inspirado no mesmo princípio que foi popularizado pelo Line Rider, famoso passatempo criado em Flash e que tinha como objetivo manter um trenó em constante movimento usando um caminho traçado livremente pelo usuário, o bem-produzido Coaster Rider conseguiu a difícil façanha de superar o original ao incorporar, com um expressivo grau de sucesso, elementos que o transformaram em um jogo divertido e de inegável qualidade.
Usando como tema principal a emocionante montanha-russa Pegasus, inaugurada em 2006 no parque de diversões Europa-Park, na Alemanha, o propósito do jogo é irresistivelmente simples: conseguir traçar um caminho a ser percorrido pelos cinco vagões até que seja alcançado o ponto de chegada definido por uma bandeira. Cumprir a tarefa, por outro lado, não será moleza, solicitando do jogador boas doses de perícia para superar todas as três dificuldades propostas pelo game.
Para vencer, é preciso saber como explorar as leis da física
A primeira e menos complicada consiste em contornar os obstáculos que estão estrategicamente posicionados nos cenários. Como não é possível desenhar os trilhos sobre esse pontos, planejar com cuidado o caminho a ser seguido não apenas se torna um passo de suma importância, como revela uma outra dificuldade bem mais difícil de superar: o fato dos carrinhos não serem motorizados.
Em consequência disso, para mantê-los em constante movimento, será preciso planejar pistas que apliquem eficientemente os fenômenos básicos da física –como gravidade, inércia e tração–, evitando que os mesmos parem no meio do caminho, retornem ao ponto de origem ou sejam simplesmente lançados para fora dos trilhos. Essa etapa, porém, não é nada entediante, graças à simulação física apurada implementada pelo jogo e que confere movimentações realísticas para cada um dos vagões, resultando em experiências incrivelmente recompensadoras e geralmente únicas.
A última etapa a ser vencida é a necessidade de percorrer por determinadas regiões do cenário, conseguindo capturar todas as estrelas que estão engenhosamente espalhadas. E mesmo que isso possa inicialmente parecer uma contrariedade, acaba resultando no seu maior desafio, testando na prática a capacidade do jogador de reverter as mais diversas dificuldades.
Traçar os trilhos é tão simples quanto desenhar
Com dez estágios, cada um representando um nível crescente de dificuldade, para criar e operar as pistas são utilizadas apenas as ferramentas localizada na barra do topo da tela. O pincel, responsável pela ação de desenhar os trilhos, é o primeiro botão da esquerda, e está sempre selecionado quando uma fase for iniciada. Para começar a definir um percurso, posicione o cursor em um ponto específico do cenário e mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse enquanto arrastar o mouse. Examinar as imediações do cenário, essencial para estudar o ambiente e planejar como será a continuação da pista, é realizado mantendo o botão direito do mouse pressionado enquanto o cursor for movimentado.
Erros e falhas nas pistas podem ser revertidos usando a borracha, segunda ferramenta da barra e que é operada de forma similar ao pincel. O terceiro botão remove completamente a pista, e para iniciar a simulação, colocando o trem em movimento, basta pressionar o quarto botão que tem forma de um triângulo (o mesmo botão interrompe momentaneamente o jogo durante a execução da simulação). Para retornar ao ponto de partida, o quinto botão é utilizado. Os últimos quatro botões servem para, respectivamente, salvar uma pista, carregar uma pista pré-gravada, definir as configurações gerais e sair do jogo.
Criar sem nenhum tipo de limitação garante a vida longa do game
Além do modo quebra-cabeças, outra atração é a modalidade livre. Sem precisar alcançar nenhum objetivo específico ou ter que respeitar limites quanto ao formato da pista, o único propósito é criar os mais vertiginosos percursos fazendo um bom uso dos disparadores que aceleram os vagões. Através desse recurso, é possível criar, com expressiva facilidade, loops, saltos e outros tantos malabarismos. A facilidade em gravar as pistas e disponibilizá-las na rede também é um aspecto interessante, contribuindo para formação de comunidades especializadas em compartilhar essas criações.
Criado por Sascha Swiercy e compatível com o Windows, o jogo, que também se destaca pelos seus belos gráficos e uma trilha sonora competente, é totalmente gratuito e pode ser transferido nesse endereço.