Crysis: Mais um forte candidato ao melhor game do ano!
Afirmar que o ano de 2007 tem sido um dos mais significativos em relação aos grandes lançamentos de jogos para os PCs não seria nenhum exagero. Somente nos últimos meses, estrearam títulos que buscavam apresentar tramas mais elaboradas (BioShock), introduziam novos conceitos referentes à jogabilidade (Portal) e proporcionavam novas e empolgantes modalidade de partidas em rede (Enemy Territory: Quake Wars e Team Fortress 2).
Esse ano, porém, ainda guarda algumas boas surpresas, e a mais recente delas é o lançamento do aguardado game Crysis, previsto para ser oficialmente lançado em 16 de novembro.
Toda essa espectativa em torno do jogo não foi por acaso, tampouco uma febre passageira. Recebido com estardalhaço pelos entusiastas do gênero tiro-em-primeira-pessoa desde que as suas primeiras informações foram divulgadas, o game, produzido pela mesma empresa responsável pelo mega-sucesso Far Cry, atraiu a atenção por dois detalhes nada desprezíveis: o desenvolvimento de um novo e avançado mecanismo batizado de CryENGINE 2, que usufrui ao máximo as capacidades gráficas do DirectX 10; e a publicação das imagens do game em execução, que surpreenderam por demonstrar cenários com um elevado grau de realismo similares aos de um filme de ação.
A boa notícia é que não é mais preciso aguardar nem mais um segundo para testá-lo. A sua versão de demonstração, que oferece a primeira missão singleplayer na íntegra, já está disponível e pode ser transferida gratuitamente nesse endereço. E, para o alívio dos usuários do Windows XP, o título também é compatível com o DirectX 9, não exigindo a instalação do Vista.
Até a trama é de tirar o fôlego
Ciente de que um título que ofereça apenas belos gráficos não é o suficiente para produzir um bom jogo, a produtora Crytek não poupou esforços para elaborar uma trama de ficção científica futurística que fosse envolvente e repleta de revira-voltas. Tendo como ponto de partida o conflito gerado após a suposta captura de um grupo de arqueólogos norte-americanos pelo exército da Coréia do Norte, o jogador, assumindo as funções do soldado Jake Dunn, é deslocado para averiguar a situação em conjunto com os seus companheiros da Força Delta. Mas nenhum deles estavam preparados para o que iriam ter que enfrentar: a presença no local de um gigantesco meteoro que, ao que tudo indica, abriga uma perigosa ameaça capaz de alterar as condições climáticas a ponto de exterminar a vida do planeta.
Dadas as circunstâncias, armamentos comuns não seriam suficientes para combater tamanha afronta. E esse é outro ponto em que o jogo se sobressai, fornecendo ao jogador um arsenal que explora as tecnologias de ponta. Dentre elas, a Nano Muscle Suit, uma espécie de vestimento que possibilita ao jogador desempenhar capacidades especiais de atuação, é de longe a mais interessante. Através do seu auxílio, é possível definir, em tempo real e sem limitações, um dos quatro tipos diferentes de ação: Força, que possibilita capturar itens pesados e lançá-los durante os ataques; Armadura, ideal para se proteger durante os ataques mais intensos; Velocidade, que pode ser decisivo para despistar os adversários ou chegar rapidamente a um determinado ponto; e Invisibilidade, de valor inestimável para quando é preciso se infiltrar em ambientes sem chamar a atenção.
Tudo isso, junto com os armamentos que podem ser personalizados com uma quase infinita variedade de acessórios e mescladas com engenhocas exóticas, resulta em uma liberdade sem precendentes para o jogador definir o seu próprio estilo de atuação e exercer a sua criatividade.
Uma produção atenta aos mínimos detalhes
Outro elemento decisivo para o sucesso de um game é a sua capacidade de convencer o jogador de que ele está de fato participando da história. E Crysis não deixa nada a desejar nesse quesito. Os personagens, por exemplo, são muito bem modelados e desempenham uma linguagem corporal convincente, movimentando-se de forma fluída e natural de acordo com a sua personalidade. Durantes os diálogos, até os lábios acompanham coerentemente os fonemas, e a atuação dos dubladores não deixa nada a desejar quando comparadas com os melhores filmes de ação.
A inteligência artificial, elemento importante na modalidade singleplayer por definir as ações e reações dos adversários, é outro ponto que merece destaque. Durante os momentos de lazer, é possível observá-los conversando, desempenhando tarefas rotineiras como o polimento de veículos e até cumprimentando os seus superiores com uma respeitosa continência. Porém, ao perceberem um ruído ou movimento, por mais sutil que sejam, eles prontamente se agrupam e agem cooperativamente para abater com eficiência a ameaça. Portanto, além de saber usar com astúcia todos os dispositivos empregados pelo game, é preciso dominar a arte da saber escapar e descobrir meios de aproveitar as particularidades dos cenários, usando-os como escudos ou interferências visuais.
Editor embutido permite criar os seus próprios estágios com facilidade
Na versão de avaliação, logo antes do início da primeira missão, um alucinante trailer é exibido para demonstrar todas as características e possibilidades do jogo. Usufruir de toda essa exuberância, por outro lado, exigirá um sistema parrudo, equipado com uma placa de vídeo de última geração. Em um computador mais modesto, no entanto, é possível obter uma performance aceitável desde que o jogo esteja rodando o Windows XP e sejam feitas as devidas alterações nas opções avançadas de vídeo, reduzindo a resolução da tela e definindo valores entre médio e baixo para os efeitos visuais (o jogo define automaticamente uma configuração padrão de acordo com as características da máquina, mas é sempre aconselhável fazer uma sintonia fina nesses parâmetros para obter a melhor relação entre performance e nível de detalhes).
Por causa disso, antes de adquirir o título, é recomendável testá-lo na sua máquina. Vale a pena, até porque essa versão inclui o editor de mapas para que o jogador crie as suas próprias batalhas.
Transferí-lo, no entanto, exigirá um pouco de paciência, pois o arquivo de instalação tem 1.8GB. Os requisitos mínimos são os mesmos da versão integral: processador de 2.8GHz, 1 GB de memória RAM, placa de vídeo totalmente compatível com o DirectX 9.0c e equipada com 256 MB de memória, e 2 GB de espaço livre no HD.
Na versão completa, quatro cenários estão incluído: além da selva localizada em uma ilha tropical (que relembra Far Cry), há também batalhas em um porta-aviões, no interior de uma redoma de gelo e dentro da nave-mãe. Cada uma apresentando características próprias, mas sem deixar de lado toda a exuberância das locações.
Mais detalhes podem ser obtidos no site oficial.