Desperados 2: A Vingança de Cooper
O Velho Oeste, visto sob uma Nova Perspectiva
Após um longo período de espera que durou cinco anos, a aguardada continuação de “Desperados”, jogo de estratégia em tempo real cujo enredo se passa no Velho Oeste, finalmente foi lançada para os PCs. Mantendo-se fiel aos conceitos introduzidos na primeira versão, onde cada um dos personagens apresenta características e habilidades únicas, “Desperados 2: A Vingança de Cooper” chega trazendo novidades –e algumas boas surpresas– que oferecem, entre outros benefícios, elementos que procuram aumentar ainda mais a variedade tática de ataque e defesa.
A mais significativa mudança apresentada nessa versão fica por conta do seu novo mecanismo gráfico, onde a visão isométrica, comum nos jogos de estratégia, cede lugar a um ambiente totalmente tridimensional, onde os cenários, belos e ricamente detalhados, podem ser explorados sem nenhuma restrição. Outro benefício trazido por essa mudança foi a incorporação de um recurso que é, no mínimo, interessante: a possibilidade de mudar a perspectiva para o modo “terceira pessoa”, colocando o jogador bem no meio da ação, compartilhando o mesmo campo de visão do personagem. E embora seja incomum encontrar essa característica em jogos do gênero, onde é recomendável ter uma visão geral do cenário para poder traçar estratégias mais eficientes, o uso desse recurso, que é opcional, funciona satisfatoriamente bem em determinadas ocasiões, principalmente durante as frequentes trocas de tiros, onde a precisão na pontaria, em conjunto com a rapidez no gatilho, podem ser decisivos para manter-se no jogo.
Contada a partir de curtas cenas de animação e por sequências de fotos que narram os recentes acontecimentos, a história tem como ponto de partida o desaparecimento do irmão de Cooper, vítima de uma emboscada e cujo paradeiro é atualmente desconhecido. Cooper, habilidoso no manuseio de armas de fogo e um exímio atirador de facas, está decidido a investigar o que houve e precisará contar com a preciosa ajuda de outros personagens que, juntos, enfrentarão desafios diversos, como invadir e pilhar um território inimigo sem serem percebidos e conseguir fugir de uma prisão militar, entre outros.
Sob esse aspecto, foi mantido o mesmo tipo de abordagem da edição anterior, onde o sucesso em completar as missões dependerá da forma em que o jogador orquestra cada uma das habilidades individuais dos seis personagens. Doc, por exemplo, além de ser o único que pode destrancar portas e curar os companheiros feridos, é um preciso franco-atirador. Hawkeye, novo personagem dessa edição, tem a capacidade de se infiltrar no território inimigo sem chamar a atenção e matar sem produzir nenhum barulho. Outros métodos de combate também são oferecidos dependendo do personagem, como as garrafas de tequila de Sanchez. Espalhando-as em locais estratégicos, elas têm o poder de reunir um bom número de inimigos, que cedo ou tarde brigarão entre si e não prestarão mais atenção aos acontecimentos das proximidades. Sam é o expert em explosivos e Kate, com o seu infalível poder de sedução, pode distrair e conduzir os bandidos até que eles sejam rendidos.
Mais importante do que conhecer todas essas características, é saber como combiná-las de forma eficiente. O jogo, porém, oferece uma significativa liberdade para testar as mais diversas combinações de táticas, onde cada missão pode ser resolvida de mais de uma forma. Ótimo para aumentar o tempo de vida útil do game, que pode incentivar o jogador a tentar encontrar novas soluções para as missões mesmo depois de já ter completado o jogo.
Infelizmente, não é oferecida uma opção multiplayer, o que seria interessante, principalmente levando em consideração as possibilidades que um modo cooperativo poderia proporcionar, onde cada jogador controlaria um personagem específico. A inteligência artificial apresentada pelo jogo também não é das mais apuradas, embora não chegue a tirar o brilho ou o prejudicar o desafio das missões. Um patch, disponível no site oficial, corrige algumas dessas falhas.
Para quem conheceu a primeira versão, “Desperados 2: A Vingança de Cooper”, criado pela Spellbound e distribuída no Brasil pela Moving Editora, não decepciona. Com gráficos exuberantes, grande variedade de missões envolventes e desafiadoras, e uma temática diferente, ele tem tudo para agradar aos fãs de jogos de estratégia.
Os gráficos são indiscutivelmente exuberantes, com cenários detalhados e efeitos realísticos de luz e sombra. Porém, para rodar o jogo satisfatoriamente, sem maiores interrupções durante o andamento das missões, além de um computador parrudo, é recomendável possuir pelo menos 1Gbyte de RAM.
Requisitos mínimos:
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Sistema operacional:
- Windows 2000 / XP
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Processador:
- Pentium 4 de 1.9Ghz ou AMD Athlon de 1.9Ghz
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Memória:
- 512Mbytes
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Drive de DVD de 4X ou superior
- (a versão brasileira não está sendo distribuída em CDs).
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Disco Rígido:
- 4Gb Livres
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Vídeo:
- Placa aceleradora 3D, com 128Mbytes e com suporte a T&L.