Talismania: Um Toque de Midas nos Jogos Casuais
Tendo como público-alvo os jogadores que procuram por passatempo simples, mas que não abrem mão do importante elemento desafiador encontrado na maioria dos games tradicionais, os jogos casuais foram um dos grandes destaques de 2006. Conquistando uma fatia nada desprezível do lucrativo mercado de entretenimento digital, o segmento, que marca uma forte presença na rede em dezenas de portais como o MSN Games e Reflexive, tem fortes chances de repetir o feito nesse ano, ainda mais se não for negligenciado um dos aspectos mais relevantes que regem o universo dos jogos eletrônicos: o investimento contínuo na inovação.
Isso porque, por mais procurada que sejam as centenas de versões inspiradas em clássicos como Tetris, quebra-tijolos e outros tantos gêneros consagrados copiados à exaustão, para manter aceso o interesse dos jogadores, é preciso se renovar e expor novos tipos de desafios. Cientes disso, alguns desenvolvedores já começaram a apostar as suas fichas na elaboração de novas idéias.
O veterano PopCap Games, responsável por passatempos memoráveis como a instigante série de caça-palavras Bookworm e o desafiador teste de raciocínio Rocket Mania, lançou recentemente um dos mais divertidos jogos do gênero desde o surgimento do empolgante e incrivelmente popular Hexic, criado pela Oberon Media: a aventura mítica Talismania, que mesmo partindo de uma premissa aparentemente simples, leva um bom tempo até ser completamente dominado, característica presente nos melhores quebra-cabeças.
Misturando raciocínio lógico, visão estratégica e algumas boas doses de ação, o título já chama a atenção pela história que guia os acontecimentos –algo incomum nos jogos casuais. Assumindo o papel de Rei Midas, personagem da mitologia grega que transforma em ouro tudo o que toca, o jogador precisará reverter o acidente que transformou Marygold, sua filha, em uma estátua do valioso metal.
Sem ter a quem recorrer, Midas pede a ajuda divina de Zeus, deus mitológico que não nutre muita simpatia pelo passado pouco generoso do Rei, que acaba decidindo auxiliá-lo caso uma importante condição seja aceita: usar o seu dom para gerar riqueza e patrocinar diversas melhorias nos vilarejos vizinho. Simples? Nada disso.
Para gerar moedas de ouro, será preciso conectar dois ou mais amuletos que estão estrategicamente posicionados em um tabuleiro dividido por diversas peças hexagonais. Podendo ser livremente rotacionadas, cada uma dessas peças possui no seu interior um caminho que direciona o feixe de luz que ligará os amuletos. Quanto maior for o número de peças envolvidas no processo, mais moedas –e pontos—o jogador conquistará. Mas não haverá moleza: peças especiais dificultarão a resolução dos enigmas, e nos estágios mais avançados será preciso unir múltiplos talismãs coloridos que devem ser conectados aos seus respectivos pares sem que os feixes de luz sejam cruzados.
Diversos mini-games envolvendo habilidade motora, como acertar as flechas antes que elas atinjam o alvo ou coletar o maior número de peças douradas dentro do tempo estipulado, também fazem parte do desafio, dando um oportuno sopro de alívio após resolver alguns dos quebra-cabeças e que também rendem valiosos pontos extras.
Além da modalidade campanha, que conduz a história de forma linear e apresenta o desafio em um nível crescente de dificuldade, há também o modo “puzzle”, liberado após concluir os primeiros estágios e que estende o desafio por limitar o tempo e o número de movimentos que podem ser feitos para resolver os enigmas.
Com um belíssimo trabalho gráfico, ótimos efeitos sonoros, e oferecendo um novo conceito para os apreciadores de enigmas à procura de um passatempo inteligente e inovador, a versão de avaliação de “Talismania” pode ser transferida gratuitamente nesse endereço.