The Walking Dead: The Game -- os zumbis estão soltos... e você?

The Walking Dead: The Game -- os zumbis estão soltos... e você?

Confesso que nunca fui muito fã das histórias de zumbis. Mesmo entendendo o fascínio que filmes e seriados sobre o tema causam nos apreciadores do gênero, nunca consegui simpatizar com as tramas envolvendo criaturas bizarras famintas por cérebros. Talvez seja por isso que, quando o primeiro episódio de Walking Dead: The Game saiu para o iOS, não me entusiasmei a testá-lo, até ser finalmente convencido por amigos fanáticos pelo universo retratado pela série em quadrinhos de autoria de Robert Kirkman.

O resultado? Após concluir todos os cinco episódios, não só fiquei fascinado pela envolvente história, como pelo jogo em si, que é um belo exemplo de como as aventuras gráficas ainda têm a capacidade de proporcionar uma experiência única – ainda mais nos dispositivos móveis.

Convidando o jogador a assumir o papel do recém condenado Lee Everett, o calvário do personagem tem início durante o seu transporte para a penitenciária. Coincidindo com o primeiro surto de zumbis pela cidade, um deles acaba provocando um grave acidente envolvendo a viatura. Em liberdade, mas sem saber o que está acontecendo, Lee precisa lutar pela sua sobrevivência, se deslocando até uma área residencial em busca de ajuda.

Chegando em uma casa aparentemente abandonada, e com indícios de que algo sinistro também ocorrera por lá, ele acaba encontrando a pequena Clementine, assustada devido à ausência dos seus pais. Lee se prontifica a protegê-la, mas será ele capaz de cumprir essa promessa?

Durante as sequências carregadas de suspense e tensão, e que levam o jogador a crer que está de fato participando de um filme, um dos grandes trunfos do game é a maneira com que os rumos da história são definidos. Constantemente confrontado pelos demais personagens, e tendo que tomar decisões dificílimas em um curto espaço de tempo, dependendo de como o jogador conduz os diálogos e faz as suas escolhas, a percepção em relação a Lee muda.

Podendo ser visto como um sujeito afável ou rude, entre outros atributos, esse aspecto não somente irá ditar o traçado dos acontecimentos, como é um convite irresistível para voltar à aventura mesmo depois de concluí-la. Afinal, se na primeira vez o jogador optou por construir um Lee amável, por que não jogar novamente conduzindo um canalha? O resultado poderá ser surpreendente.

Além dos diálogos afiados e dos conflitos entre personagens, as sequências de ação envolvendo sangrentos combates contra os zumbis, e a resolução de enigmas que não chegam a atrapalhar a dinâmica do jogo, também se destacam, principalmente pelo engenhoso uso das telas sensíveis ao toque.

Enfim, mesmo para quem não aprecia muito histórias envolvendo mortos-vivos, mas não resiste a uma boa aventura gráfica, Walking Dead: The Game é uma excelente pedida.

Para obter o jogo para a verão iOS, clique nesse link. Versões para PC/Mac, Xbox 360 e PS3 também estão disponíveis. Não perca!