Halo 3 ODST: a verdadeira força de uma união

Halo 3 ODST: a verdadeira força de uma união

Dois anos após o lançamento de Halo 3, que encerrou a aclamada trilogia protagonizada por Master Chief, os fãs da franquia que ajudou a revolucionar o gênero tiro-em-primeira-pessoa têm mais um excelente motivo para comemorar.

Retornando às suas origens depois de se aventurar no campo dos jogos de estratégia em tempo real com o competente Halo Wars, Halo 3: ODST acrescenta um novo e relevante capítulo à saga que trata dos conflitos entre humanos e os seres da sinistra organização extraterrestre Covenant. E embora o título não deva ser considerado como uma sequência propriamente dita, servindo mais para preparar o terreno para Halo: Reach (previsto para chegar no ano que vem), a produtora Bungie, em parceria com a Microsoft, realizou um feito notável ao trazer uma história envolvente que implementa ligeiras modificações na sua dinâmica.

Com uma narrativa que aborda os eventos que ocorreram durante as duas últimas edições, a primeira grande mudança é que Master Chief, o super-soldado que protagonizou a trilogia, foi temporariamente deixado de lado. Em seu lugar, foram introduzidos os membros da Tropa de Choque de Desembarque Orbital, que mesmo não tendo as mesmas habilidades de Chief, como reflexos extremamente apurados e a capacidade de percorrer por vastas áreas com extrema desenvoltura, são soldados altamente capacitados para controlar situações de risco.

O ano é 2552, e os Covenant acabaram de invadir a metrópole africana de Nova Mombasa. Desconhecendo melhores detalhes sobre a razão da ocupação, sabendo apenas da possibilidade de estarem em busca de um misterioso artefato, um esquadrão de seis soldados é enviado para o centro do conflito na tentativa de restabelecer a ordem e tentar frustrar os planos dos inimigos.

O que eles não esperavam é que, logo no início da rigorosa missão, surgiria um problema difícil de prever e que colocaria em risco toda a operação: a bordo dos seus respectivos veículos de inserção atmosférica, um terrível acidente é desencadeado, levando-os a aterrizar com um forte impacto. Comandado pelo jogador, o recruta Novato fica por seis horas desacordado, e, ao recobrar os sentidos, precisa percorrer pela cidade para reagrupar com os seus companheiros e tentar descobrir o que houve durante o período em que estava inconsciente. Uma tarefa nada fácil, pois além de estar sozinho em um local infestado de inimigos, eles têm a vantagem de estarem bem mais armados.

E este é um dos elementos responsáveis por mudar a dinâmica tão característica da série. Ao invés de controlar um personagem armado até os dentes, prestes a combater todos os inimigos que encontrar pela frente, devido à sua vulnerabilidade por ser um soldado raso, será preciso ter bom senso para não ser sumariamente derrotado ao invadir por áreas sem fazer um cauteloso levantamento de suas condições.

Mas não é só isso. A exploração dos cenários em busca dos equipamentos deixados pelos seus companheiros é igualmente importante, pois além de ativar um flashback esclarecendo o que aconteceu momentos após a aterrizagem de um determinado personagem, permite que o mesmo seja controlado pelo jogador. E como cada um possui uma especialidade diferente, como a habilidade de derrubar inimigos a grandes distâncias ou a capacidade de orquestrar ofensivas usando armamentos bem mais sofisticados, o jogador é constantemente incentivado a explorar uma gama mais ampla de técnicas de ataques.

Visualmente, ODST não difere muito da última edição, mas traz uma bem-vinda novidade relacionada ao visor. Ao ativar o recurso VISR, os elementos dos cenários passam a ter um contorno diferenciado, realçando os inimigos com uma áurea vermelha, e os aliados em verde – recurso que é ótimo para planejar os seus ataques, especialmente quando há péssimas condições de luz.

Para compensar a duração da campanha principal, que tem dez missões e pode durar de 6 a 10 horas dependendo da experiência do jogador, o título traz alguns atrativos extras. A nova modalidade Tiroteio é uma delas, em que é possível participar de uma acirrada luta pela sobrevivência ao combater sucessivas ondas de inimigos solitariamente ou com o auxílio dos seus amigos. Além disso, um segundo disco acompanha o pacote, com todos os mapas de Halo 3 e mais três inéditos, juntamente com uma versão revisada do mapa Midship de Halo 2.

Exclusivo para a plataforma Xbox 360, a edição nacional ainda conta com uma interface traduzida e diálogos totalmente narrados em português. O título também foi otimizado para a instalação no HD, consumindo pouco mais de 3GB e que não apenas reduz o tempo para carregar as fases, como pode sanar um problema de leitura do disco que está ocorrendo com uma pequena parcela dos jogadores durante a campanha principal.

Divertido e relevante, confira outros detalhes sobre o título no site oficial.