Lara Croft and the Guardian of Light: um retorno triunfal
Contando com uma excelente seleção de novos títulos, incluindo a obra de arte Limbo e o divertidíssimo Monday Night Combat, a edição desse ano do Summer of Arcade, período em que a Microsoft promove alguns dos mais expressivos lançamentos distribuídos de forma digital pela XBLA (e que são exclusivos para a plataforma por um tempo limitado), acabou de receber mais um representante de peso.
Trazendo de volta as aventuras da arqueóloga mais famosa do universo dos games, Lara Croft and the Guardian of Light repete a azeitada fórmula que consagrou a franquia, misturando a exploração de regiões exóticas com o combate de criaturas, a resolução de enigmas e a coleta de relíquias, entre outras tarefas.
Porém, para quem esperava por uma aventura que seguisse os mesmos moldes da série, criada pela Core Design em meados da década de 1990, poderá ter algumas surpresas. A começar pela mudança de nome: para essa edição, a Crystal Dynamics, estúdio que assumiu a franquia em 2006, optou por deixar de lado a valiosa marca Tomb Raider, batizando o novo título usando apenas o nome da protagonista como prefixo. Seria uma estratégia para evitar a comparação com os demais títulos da série, especialmente devido às diversas mudanças estruturais apresentadas por essa versão? Ou o início de uma nova franquia, objetivando atrair a atenção dos jogadores casuais? Isso, só o tempo irá dizer.
Há outras novidades, além da mudança de nome. Ao invés da tradicional perspectiva em terceira pessoa, que insere o jogador no meio da ação para acompanhar de perto os movimentos da protagonista, os cenários são isométricos, com uma câmera aérea que exibe as ações de todos os envolvidos em cena. Uma mudança radical? Certamente, mas que se encaixa perfeitamente na proposta do título, proporcionando um campo de visão bem mais amplo e que favorece não só a exploração, como o uso de estratégias eficientes de combate ao poder estudar o posicionamento de diversas criaturas em um dado momento. Isso sem contar com a possibilidade de ter um amigo participando na bem-vinda modalidade cooperativa.
A aventura, inspirada na mitologia asteca, tem como ponto de partida um conflito ocorrido há mais de dois mil anos na América Central. Totec, o Guardião da Luz, e Xolotl, o espírito das trevas responsável por guiar a alma dos mortos até Mictlan (e vilão da vez), travam uma intensa batalha pelo controle do poderoso artefato conhecido como Mirror of Smoke. Na disputa, Totec acaba levando a melhor, e, para evitar que o artefato caia nas mãos erradas, podendo resultar em desastres de proporções catastróficas, se tranca no Templo da Luz para salvaguardar o futuro da Humanidade.
Tudo corria bem até voltarmos aos tempos atuais. Lara Croft, na sua incansável busca por relíquias, não encontra apenas o Templo, como se depara com o perigoso artefato. A satisfação de encontrá-lo, no entanto, dura pouco. Um grupo de mercenários, que estavam no seu encalço, tentam roubar o valioso objeto, iniciando uma maldição que acabou despertando não só Totec, como Xolotl. Este último, vendo a oportunidade de, finalmente, possuir o Mirror of Smoke, extermina os mercenários e foge com o artefato. O desdobramento, claro, não poderia ser diferente: Lara terá que empregar todas as suas habilidades para reaver o objeto, e, de quebra, auxiliar Totec a interromper os diabólicos planos de Xolotl.
Uma tarefa nada fácil, mas que pode ser desempenhada de duas maneiras. A primeira é através da modalidade solo, em que o jogador assume as funções da heroína e faz uso das suas inseparáveis pistolas de munição infinita para derrubar os inimigos. Além de um prático gancho para se deslocar, de bombas para detonar o local e outros acessórios igualmente cruciais para conseguir superar os diversos obstáculos e armadilhas que encontrará pela frente.
Quem preferir enfrentar os perigos da região acompanhado de um parceiro, seja usando o mesmo console ou através da rede (recurso disponível somente a partir de 28 de setembro), pode ativar, a qualquer momento, o modo cooperativo. Nesse caso, o segundo personagem a ser controlado é o Totec, que possui habilidades específicas e armas como lanças, que podem ferir os inimigos ou facilitar o deslocamento pelo ambiente. Dependendo da modalidade escolhida, as fases e os quebra-cabeças serão ligeiramente diferentes, adequando os obstáculos para todas as habilidades que podem ser desempenhadas.
Fechando o Summer of Arcade em grande estilo, mesmo se tratando de um título distribuído digitalmente, Lara Croft and the Guardian of Light surpreende pelo capricho da sua produção – seja pela trilha sonora deslumbrante, marca registrada da série, ou pelos visuais de tirar o fôlego. Um convite irresistível para os fãs de longa data, que também poderão conferi-lo, a partir de 28 de setembro, nos sistemas Windows e PlayStation 3. Diversão garantida? Sem dúvida! Veja mais detalhes no site oficial