Left 4 Dead 2: o coletivo combate ao terror está de volta, e ainda mais assustador

Left 4 Dead 2: o coletivo combate ao terror está de volta, e ainda mais assustador

Passados exatos doze meses desde a estreia de Left 4 Dead, título que conquistou o respeito do público e da crítica por promover uma ação incessante concentrada na participação cooperativa dos jogadores, a Valve repete a dose com o lançamento da sua aguardada sequência.

Conservando a jogabilidade que tornou o original em uma referência entre os jogos que integram o gênero tiro-em-primeira-pessoa, e prometendo momentos de adrenalina e suspense bem mais intensos, a nova investida da produtora responsável por obras-primas como Half-Life e Team Fortress ainda traz na manga algumas boas novidades. Sem contar com a correção de pequenos deslizes cometidos pelo predecessor, como a falta de uma trama para narrar o desenrolar dos acontecimentos.

Para quem não conheceu a primeira edição, a premissa, apesar de simples, apresenta um desafio rigoroso. Após um vírus similar ao da raiva se alastrar rapidamente pela cidade, gerando um surto psicótico capaz de tornar os seus habitantes em furiosos zumbis, quatro bravos sobreviventes, curiosamente imunes à doença, decidem reunir forças para lutar pelas suas vidas. A empreitada, no entanto, está longe de ser trivial. Devido à elevada capacidade de infecção do misterioso vírus, para serem resgatados em segurança, os membros devem alcançar um determinado ponto de fuga. O problema? Alcançar o destino sem serem brutalmente devorados.

A união faz a força, e o ditado se encaixa perfeitamente nesse caso. Iniciando as missões sempre com quatro personagens (se o jogador estiver sozinho, os demais serão controlados pela CPU), para enfrentar os violentos ataques dos mortos-vivos, será preciso seguir uma dinâmica de grupo que seja eficiente tanto no ataque, quanto na defesa. Não há espaço para o individualismo, e se um dos membros achar que pode resolver tudo por conta própria, perceberá que o seu destino está longe de ser glorioso. O mesmo vale para os fominhas, que não resistem em capturar todos os kits espalhados pelos cenários sem se preocuparem com os companheiros – se um deles for fatalmente atacado pela falta de munição, o grupo perde força, diminuindo drasticamente as chances dos demais saírem vivos.

Apesar da fórmula e da dinâmica serem bastante similares, em L4D 2 o jogador não terá a sensação de estar participando de um déjà-vu. Como os acontecimentos ocorrem quase que simultaneamente com os eventos da primeira edição, mas estão localizadas em cidades ao sul dos Estados Unidos, novos personagens foram introduzidos, cada um com personalidades e armamentos diferentes – e que precisam ser conciliados da melhor forma possível.

Ao iniciar uma partida, o jogador pode assumir as funções de um dos quatro sobreviventes. Nick é capaz de manusear armas de longo alcance, possui uma Magnum para derrubar as ameaças enquanto estiver fora de combate e até pode ministrar doses de adrenalina que o tornam mais resistente por um breve período. A sua dificuldade de confiar nos outros, no entanto, acaba trazendo uma certa instabilidade ao grupo. Rochelle, por outro lado, possui um longo machado, um rifle capaz de causar grandes estragos e munição incendiária, mas a ambição de deslanchar como produtora de TV, conduzindo uma matéria sobre os avanços da infecção, pode desconcentrá-la a ponto de colocar tudo a perder.

Com um físico avantajado, e um apurado senso de liderança, Coach representa uma força indispensável, manuseando, com invejável desenvoltura, uma serra elétrica. O rifle de caça, e as repugnantes bombas de bile, são igualmente importantes, mas o seu pequeno problema no joelho pode acabar atrasando a evolução do grupo. Por último, há o jovem mecânico Ellis, que possui um lançador de granadas, um equipamento capaz de ressuscitar os companheiros e até um violão para ataques mais diretos, mas a sua presunção de ser imortal pode trazer riscos aos demais.

As surpresas não acabam por aí. Novos equipamentos, incluindo armas dedicadas aos embates corpo-a-corpo, foram introduzidos, assim como uma variedade maior de infectados. O sistema de inteligência artificial, responsável pelo ajuste dinâmico do grau de dificuldade ao analisar o desempenho do grupo, igualmente passou por sólidas melhorias, promovendo uma jornada constantemente desafiadora e imprevisível. Mas não é só isso.

Além de manter as apreciadas modalidades em rede da edição original, outra boa novidade é o divertido modo Scavenge. Dividindo dois grupos de quatro membros cada, de um lado estão os sobreviventes, que devem recolher as cápsulas de combustíveis espalhadas pelos mapas e utilizá-las nos geradores para manter o fornecimento de energia, e os adversários, que devem evitar que isso ocorra, detonando todo o combustível e derrubando os oponentes para provocar um apagão. Interessante…

Disponível para as plataformas Windows e Xbox 360, a versão gratuita de avaliação, que traz a campanha The Parish, já está disponível. Confira detalhes no site oficial.