Line Rider 2 Unbound: A diversão não para

Line Rider 2 Unbound: A diversão não para

Todos que acompanham de perto o efervescente cenário de desenvolvimento independente de jogos certamente já ouviram falar no divertido e descompromissado Line Rider. Criado pelo esloveno Bostjan Cadez, e publicado em setembro de 2006, o projeto de arte interativa tornou-se rapidamente em um dos grandes fenômenos de popularidade da rede. O sucesso não foi por acaso. Com a cativante proposta de guiar indiretamente o simpático personagem Bosh a bordo de seu intrépido trenó, era preciso projetar um percurso que não o derrubasse ou interrompesse o passeio.

A sua notável simplicidade também serviu para chamar a atenção. Empregando um limitado conjunto de ferramentas como lápis e borracha para criar as pistas, e sem impor nenhuma espécie de limitação quanto à área que poderia ser utilizada ou o formato do trajeto, o pequeno e gratuito webtoy tinha como atrativo um sofisticado e eficiente mecanismo de simulação física que era responsável por produzir movimentos realísticos independentemente das linhas traçadas pelo jogador. E que garantia um satisfatório grau de liberdade para colocar a criatividade em prática na hora de produzir pistas que resultassem em perigosas e divertidíssimas acrobacias.

Porém, por se tratar de um protótipo, o projeto apresentava algumas falhas. A mais marcante era a ausência da definição de um objetivo, como uma linha de chegada, e a presença de obstáculos fixos para torná-lo atraente a longo prazo. A falta de uma variedade maior de ferramentas que facilitassem o processo de criação das pistas também serviu para afastar os jogadores com pouca inclinação para o desenho. Esses problemas, no entanto, foram devidamente superados com o lançamento de Line Rider 2: Unbound, que mantém o mesmo espírito que consagrou o antecessor, mas que conta com uma produção caprichada e bem-humorada.

Incorporando elementos de quebra-cabeças para tornar a jornada ainda mais envolvente ao definir uma série de conquistas, a campanha principal gira em torno do conflito entre o protagonista Bosh (controlado pelo jogador) e Chaz, o seu rival. Participantes de uma acirrada corrida de trenó, para atravessar a linha de chegada será preciso encontrar formas de superar as perigosas armadilhas que foram montadas por Chaz. A tarefa, no entanto, está longe de ser fácil, pois ao contrário do título original, somente é possível corrigir as imperfeições “desenhando” no interior de retângulos verdes. E como nem todos cobrem a área necessária para ligar os dois pontos da pista, estudar cuidadosamente os cenários e empregar a astúcia são elementos fundamentais para manter-se no páreo.

Outro ponto positivo dessa nova versão é que a lei da gravidade não é o único obstáculo a ser superado. Na medida em que as armadilhas se tornam mais complexas, o jogador terá que identificar a categoria mais apropriada de pista para completar um trajeto.

Por exemplo, antes de subir uma ladeira, é importante impulsionar o trenó com uma linha aceleradora. Empregar a pista desaceleradora antes de alcançar a linha de chegada poderá evitar uma queda acidental. Para manobras mais complexas, que se estendem em mais de um nível, usar o “Trap Door”, que se desintegra logo após o trenó passar por ela, pode ser a melhor opção. Dez categorias de pistas fazem parte do arsenal do jogador.

Com o objetivo de aumentar ainda mais a complexidade dos estágios, para vencer um percurso não basta atravessar a linha de chegada. Também é preciso capturar todos os medalhões vermelhos que estão estrategicamente espalhados, resultando em soluções que nem sempre são óbvias. As moedas douradas, por outro lado, não precisam ser coletadas, mas como elas aumentam a pontuação e ajudam a destravar alguns itens, não é aconselhável ignorá-las completamente.

Além da campanha principal, que conta com quarenta pistas, o jogo também inclui a modalidade Freestyle, que é uma versão evoluída do Line Rider original, e Puzzle, que permite ao jogador criar e compartilhar os seus próprios estágios.

Compatível com as plataformas PC, Nintendo Wii e o console portátil DS, outros detalhes podem ser obtidos no site oficial.

E quem quiser conhecer, ou relembrar, o original, basta visitar esse endereço e clicar no botão “Play Now”. Duas versões estão disponíveis: a primeira, produzida em Flash, e a mais recente, que faz uso da tecnologia Silverlight. Não deixe de conferir.