Mass Effect 2: a genial continuação da saga do Comandante Shepard
Grande sucesso de público e crítica, Mass Effect representou um importante marco para o Xbox 360. Lançado em 2007, após uma parceria entre a Microsoft e a BioWare, produtora que ficou conhecida por clássicos como Neverwinter Nights e Baldur’s Gate, o RPG de ação acertou em cheio ao mesclar os desdobramentos de uma história a partir de diálogos sofisticados, com momentos eletrizantes de combate inspirados nos jogos de tiro em terceira pessoa.
A notícia de que a série se tornaria uma trilogia igualmente agradou aos fãs da épica jornada de ficção científica estrelada pelo Comandante Shepard, mas a aquisição da BioWare pela Electronic Arts acabou rendendo uma saudável discussão entre os fãs. Afinal, as aguardadas continuações teriam condições de superar as expectativas geradas pelo título de estreia, mesmo com as prováveis mudanças na equipe responsável pelo desenvolvimento do jogo?
Com o lançamento da sua aguardada sequência, essas preocupações finalmente puderam ser deixadas de lado. Apresentando uma produção caprichada, que conta com inúmeros aperfeiçoamentos relacionados à jogabilidade, e abordando uma trama igualmente envolvente e repleta de reviravoltas surpreendentes, o título tem tudo para agradar até o mais exigente dos jogadores. E, claro, atrair uma legião de novos adeptos que gostariam de vivenciar uma jornada fantástica cumprindo tarefas pelas incertezas do universo.
Tendo como ponto de partida os eventos ocorridos imediatamente após o término do antecessor, Comandante Shepard e sua equipe estão em meio a uma missão dedicada a caçar e exterminar os seres remanescentes que integram a raça alienígena Geth. Durante a realização da tarefa, no entanto, nem tudo ocorre como esperado, e a nave Normandy é brutalmente atacada. Levando a tripulação a abandoná-la imediatamente, Shepard acaba não tendo muita sorte: enquanto escapava, uma nova onda de ataques destruiu o seu equipamento de proteção, levando-o à morte por asfixia. Seria o fim da carreira do brilhante herói?
Nem tanto. Graças ao Projeto Lazarus, após dois longos anos de tentativas para ressuscitá-lo, Shepard finalmente voltou à ativa. Mas nada será como antes. Por ter sido resgatado pela organização extremista Cerberus, responsável por vários ataques terroristas, para dar continuidade à sua nobre missão de descobrir o que realmente estava por trás do ataque a Citadel, ele terá que formar uma nova equipe. As causas? Uma delas sendo a sua involuntária associação com a organização, que não foi bem vista.
Mesmo tendo que começar tudo novamente, opção que pode ser atraente para os que não chegaram a conhecer a primeira edição (o título exibe uma rápida introdução para situá-los na história), os jogadores antigos não foram esquecidos. Quem quiser que as características do antigo Shepard sejam herdadas, pode importar um save-game do primeiro Mass Effect, influenciando desde características como o acúmulo da sua riqueza e o nível de experiência, até o seu relacionamento com alguns dos personagens recorrentes. Sem contar que o recurso é flexível, permitindo que o jogador escolha uma nova área de especialização, altere detalhes da sua aparência e até decidir se alguns traços serão mantidos nessa nova aventura (tudo explicado em detalhes durante o processo).
Igualmente animadoras são as novidades introduzidas nessa edição. O sistema de combates, por exemplo, recebeu uma atenção toda especial. Em vez das armas que “esquentavam” durante o uso, limitação que evitava que elas fossem usadas por períodos prolongados, os novos armamentos usam pentes de munição convencionais que precisam ser coletados pelos cenários. Os inimigos, mesmo quando derrubados, não desistem facilmente, se arrastando e atacando sempre quando possível. E como a inteligência artificial está bem mais robusta e imprevisível, o jogador terá que ficar constantemente em alerta para não ser pego de surpresa.
O cuidado da produção é outro destaque. Os cenários, belos e detalhados, instigam o jogador a explorá-los minuciosamente. Os modelos usados para os personagens surpreendem, com uma elevada quantidade de movimentos que tornam as animações ainda mais realísticas. Sem contar que, durante os diálogos, além das novas opções para interrompê-los, a câmera fica em constante movimento, conferindo um convincente clima cinematográfico às sequências – ainda mais quando enriquecidas pela impecável trilha sonora.
Assim como o anterior, Mass Effect 2 promove uma experiência única e envolvente, proporcionando uma aventura cujos desdobramentos dependem apenas das escolhas feitas pelo jogador.
Produzido para as plataformas Xbox 360 e Windows, outros detalhes podem ser conferidos no site oficial. Fãs de RPGs de ação, não percam!