Puzzle Quest Galactrix: Uma conquista casual pelo espaço sideral
Empregando uma mecânica similar aos populares quebra-cabeças em que é preciso agrupar três ou mais peças de uma mesma categoria para removê-las do tabuleiro, ao mesmo tempo em que implementa um sofisticado mecanismo que emprega os elementos tradicionais dos jogos de RPG para governar a evolução dos personagens, Puzzle Quest: Challenge of the Warlords conseguiu estabelecer um novo conceito para os jogos casuais.
Lançado em 2007 pela Infinite Interactive, o título trazia uma abordagem leve e desafiadora para as lutas, enquanto mantinha a atenção dos jogadores com a sua trama envolvente e que abria inúmeras possibilidades para as habilidades especiais que podiam ser desenvolvidas.
Com o lançamento do mais novo integrante da série, Puzzle Quest: Galactrix, a fórmula que consagrou o original é mantida intacta, mas sem deixar de incorporar algumas novidades interessantes.
A primeira consiste na mudança do foco da trama. Deixando de lado a abordagem medieval, que trazia combates épicos envolvendo criaturas mitológicas, nessa edição o jogador é transportado para um futuro distante, em que o domínio da galáxia está delicadamente distribuído entre quatro grandes potências.
Com os rumores de que uma delas está desenvolvendo experimentos que podem resultar em graves consequências para o destino da humanidade, o jogador, assumindo o papel de um piloto novato, terá que adquirir as habilidades necessárias para investigar e ter condições de combater os possíveis desdobramentos da eminente ameaça.
Tendo que cumprir tarefas como vencer batalhas no espaço, burlar sistemas de segurança, lidar com as diferentes facções e até extrair e negociar minérios para aperfeiçoar a sua frota, vencer os objetivos não será fácil: é preciso bolar estratégias eficientes. E, nesse quesito, a segunda grande mudança se torna evidente. Ao invés das tradicionais peças retangulares, que somente podiam ser deslocadas em quatro direções, em Galactrix todas as pedras são hexagonais, aumentando consideravelmente a variedade de estratégias que podem ser desempenhadas.
Mas isso não é tudo. Por manter os ataques em turnos alternados, exigindo que o tabuleiro seja analisado cuidadosamente antes de definir uma jogada, será preciso lidar também com o elemento sorte, que nessa edição desempenha um papel ainda mais relevante para o andamento da partida.
Durante as batalhas espaciais, perseguir diferentes propósitos é crucial para vencer. Por exemplo, para energizar as melhorias realizadas na nave, que são desenvolvidas ao longo da jornada e que trazem vantagens como um ofensiva mais intensa, será preciso coletar uma determinada quantidade de pedras vermelhas, amarelas e verdes. Ao coletar as azuis, será recuperado o escudo, elemento que protege a energia do jogador. Há ainda as peças roxas, cuja coleção serve para representar a experiência adquirida, e as brancas, que são usadas para avançar de nível.
Outro elemento que passou por uma pequena mudança é a maneira em que são calculadas as intensidades dos ataques. Ao reunir três ou mais minas, a quantidade de dano realizado no oponente será a soma dos valores de todas as peças que estão envolvidas no ataque. Podendo assumir valores de 1, 3, 5 e 10, essa é uma característica que não deve ser ignorada, pois, às vezes, pode até ser mais vantajoso receber um ataque de três pontos do que deixar de coletar as peças para desferir um ataque brutal.
Fora as batalhas, foram incorporadas cinco modalidades diferentes de atuação para diversificar a jornada. Quando for preciso viajar para pontos distantes da galáxia, por exemplo, será preciso burlar o sistema de proteção dos portais dimensionais, destruindo uma sequência específica de pedras dentro do limite de tempo. Para aperfeiçoar a nave, duas etapas são necessárias: coletar os minerais, explorando asteroides até que a quantidade de pedras representando os materiais sejam capturados; e construí-las, criando pedras especiais que terão que ser posteriormente combinadas.
Além disso, muitas vezes será preciso barganhar ao fazer compras, removendo o maior número de peças antes que terminem as combinações (as peças removidas não serão substituídas). Por último, é possível obter rumores para esclarecer alguns aspectos da trama, sobrevivendo a um determinado número de rodadas sem que as peças especiais sejam eliminadas.
Em relação aos gráficos, mesmo sendo simples para os padrões atuais, eles cumprem bem o seu papel. Os efeitos visuais, usados durante os disparos, são igualmente convincentes. E embora os diálogos entre os personagens continuem sendo ilustrados com imagens estáticas, essa característica não chega a comprometer a experiência.
Apesar de não ousar muito para reformular o título original, mudanças como as peças hexagonais e a exploração pelo universo fazem de Galactrix uma opção atraente para os que não dispensam participar de quebra-cabeças que incorporam elementos de RPG.
Para obtê-lo para os PCs, visite esse endereço. Uma edição para o Nintendo DS já está disponível, e há planos para lançar brevemente versões para o Xbox 360 e o PlayStation 3.